Grupo de trabalho para atender vítimas de intolerância religiosa é criado em Campos, no RJ

Membros da Prefeitura receberam os representantes de comunidades tradicionais de terreiros e do FRAB — Foto: Divulgação/Prefeitura de Campos


A Prefeitura de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, criou um grupo de trabalho para atendimento às vítimas de intolerância religiosa.


Um levantamento da Comissão de Combate a Intolerância Religiosa do Rio (CCIR) mostrou que o município está entre os que tiveram mais casos registrados em 2019 no Estado do Rio.


Na última quinta-feira (6), membros da Prefeitura receberam os representantes de comunidades tradicionais de terreiros e do Fórum Municipal de Religiões Afrobrasileiras de Campos (FRAB) para criar mecanismos de amparo a esses grupos.


O encontro aconteceu na Secretaria de Governo e foi conduzido pela subsecretária da pasta, Daniela Tinoco; subsecretário de Ações Governamentais, Marcos Soares; superintendente da Igualdade Racial, Rogério Siqueira; diretora jurídica da Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social (SMDHS), Pryscila Marins; e pelo diretor executivo da Superintendência de Justiça, Sergio de Menezes Junior.


De acordo com o presidente da FRAB, Gilberto Totinho, a instituição conta com cerca de mil filiados e adeptos.


“Queremos muito dar nossa contribuição para que os problemas sejam sanados. Essa é uma grande ação afirmativa para reparar os danos já causados”, afirmou Totinho.


A diretora jurídica da SMDHS propôs criar cursos de capacitação para garantir o melhor atendimento nos equipamentos que são porta de entrada para o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), como os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS).


“Vamos unir movimento social e poder público para que não haja violação dos direitos dessas comunidades”, afirmou Pryscila.


O superintendente de Igualdade Racial adiantou que será criado um fluxo de serviço para dar andamento aos encaminhamentos sem expor os envolvidos, preservando os membros das comunidades tradicionais de terreiros que, muitas vezes, estão inseridos em áreas de vulnerabilidade social.


“O FRAB já tem cadastro dessas comunidades e suas respectivas lideranças. Vamos fazer a busca ativa para referenciar cada uma delas, a fim de atualizar o CadÚnico e promover um atendimento individualizado”, explicou Rogério.


A subsecretária Daniela Tinoco destacou que o preconceito religioso não é recente.


“Dentro da especificidade de cada caso, vamos dar os devidos encaminhamentos para garantir o acesso dessas pessoas aos serviços públicos”.


Já Sergio de Menezes acrescentou que a Superintendência de Justiça vai criar um link entre as comunidades tradicionais e o Ministério Público.


Veja outras notícias da região no G1 Norte Fluminense.

FONTE: Portal de notícias G1 em 10/06/2019

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