Sobe para 50 o número de mortos no ataque a duas mesquitas na Nova Zelândia


O assassino foi apresentado neste sábado (16) à Justiça. As investigações mostram que ele viajou muito recentemente para outros países.

Por Jornal Nacional



Subiu para 50 o número de mortos no ataque a duas mesquitas de Christchurch, na Nova Zelândia. Investigadores tentam determinar se o assassino agiu sozinho ou se faz parte de alguma rede de terroristas. Nos últimos anos, ele viajou várias vezes para outros países.

O Haka, mais do que canto ou dança, é um ritual que vem dos maori, um dos povos nativos da Nova Zelândia. Foi assim que um homem, sozinho, homenageou as vítimas dos ataques às mesquitas de Christchurch. Mas ele não foi o único.

Flores, mensagens, velas, orações. A cidade, ainda em estado de choque, recebeu a visita da primeira-ministra Jacinda Ardern. Ela se encontrou com lideranças da comunidade muçulmana local e, falando aos jornalistas, reiterou a necessidade de mudar e tornar mais rigorosa a lei que controla o uso de armas - no que foi apoiada publicamente pela prefeita de Christchurch e por associações de policiais no país.

A líder do governo neozelandês também voltou a defender os princípios de diversidade e liberdade religiosa e disse ainda que o terrorista planejava seguir com os ataques e teria outros alvos na cidade.

Os 50 mortos no atentado de sexta-feira (15) começam a ganhar nomes e rostos e refletem uma sociedade que acolheu muitas nacionalidades. Já há vítimas confirmadas nascidas no Afeganistão, Paquistão, Egito, Jordânia e Síria.

O juiz do tribunal determinou que o rosto do assassino não fosse identificado em fotografias e filmagens. O assassino segue preso e terá uma nova audiência em três semanas. A família dele se dispôs a colaborar com as investigações, que têm muito a desvendar de uma história ainda repleta de dúvidas.

O terrorista, nascido na Austrália e que morava em uma cidade acerca de 300 quilômetros de Christchurch, entrava e saía da Nova Zelândia a todo momento. Neste sábado (16), autoridades da Turquia e da Bulgária confirmaram que o assassino esteve nesses dois países recentemente.

No fim de 2018, ele entrou na Bulgária e teria passado também por Romênia e Hungria. O governo turco disse que está investigando com quem o australiano teria estado nas várias vezes em que visitou o país. Foram muitas viagens internacionais, em diferentes continentes, nos últimos anos e nestes roteiros pode estar a chave para saber se o terrorista agiu sozinho ou se é ligado a algum grupo.

A polícia monitora vídeos e mensagens em redes sociais e alertou que a publicação ou compartilhamento de imagens do massacre é contra a lei e que os infratores serão punidos.

FONTE: Jornal Nacional em 17/03/2019
 

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