A perseguição contra os bahá'ís no Irã é considerada um caso internacional emblemático


 Internacional

A perseguição contra os bahá'ís no Irã é considerada um caso internacional emblemático, pois demonstra como a intolerância religiosa resulta na violação de uma série de direitos humanos.

Os bahá'ís, como são chamados os seguidores da Fé Bahá'í, formam a maior minoria religiosa no Irã. São 350 mil bahá'ís perseguidos sistematicamente desde os anos 80 em função da intolerância religiosa praticada pelo governo do Irã.
Atualmente, 7 lideranças bahá'ís estão encarceradas por professarem a Fé Bahá'í, religião não reconhecida pelo governo iraniano. Eles foram presos arbitrariamente, as acusações até hoje carecem de fundamento e o julgamento, realizado em 2010, foi realizado às portas-fechadas. Eles cumprem 20 anos de prisão.
Em 2011, as casas dos funcionários deste Instituto foram invadidas e os funcionários foram presos. Eles se somam às sete lideranças bahá'ís e pelo menos outros 100 bahá'ís atualmente presos arbitrariamente, muitos dos quais estão aguardando julgamentos de fachada.

Os estudantes bahá'ís são proibidos de entrarem em universidades e completarem seus estudos. Nos anos 80, em função desta negativa de acesso à educação, os bahá'ís organizaram um processo educacional informal para suprir as necessidades educacionais dos jovens bahá'ís. A iniciativa hoje em dia é conhecida como Instituto Bahá'í de Educação Superior. Crianças bahá'ís sofrem bullying nas escolas por professores e alunos e chegam a ser expulsos em função de sua religião. Estas crianças são consideradas bastardas ou impuras, pois o governo não reconhece casamentos bahá'ís como legítimos.

A incitação ao ódio por meio de publicações patrocinadas pelo governo iraniano gera mais preconceito ao invés da valorização da diversidade no país. Lares e estabelecimentos comerciais de baháís são invadidos, atacados e incendiados, limitando o potencial dos bahá'ís de contribuírem para o desenvolvimento do país. Lugares sagrados e cemitérios bahá'ís foram destruídos no Irã.

Ações de apoio aos Baha'ís:

1) Em dezembro de 2012, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução expressando “profunda preocupação” por “sérias” violações de direitos humanos “contínuas e recorrentes” no Irã.

2) No relatório anual sobre o Irã à Assembleia Geral das Nações Unidas apresentado em outubro de 2012, o Secretário Geral Ban Ki-moon expressou “grave preocupação” por causa de relatos de tortura, amputações, julgamentos injustos, uso excessivo da pena de morte, e a perseguição a minorias, incluindo os bahá’ís.

3) No Brasil, somente em 2012 o Congresso Nacional se manifestou 3 vezes em defesa dos direitos humanos dos bahá'ís no Irã.

4) Diversas manifestações no Brasil também tem contribuído para chamar a atenção sobre as consequências extremas da intolerância religiosa praticada pelo governo iraniano contra os baháís. Em julho de 2012, por exemplo, aconteceu uma marcha durante a Rio+20 pedindo pelos direitos humano no Irã.

Mais informações: http://bahaisnoira.blogspot.com.br/

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