Lideranças religiosas

Com o projeto Capacitação em saúde, direitos humanos e protagonismo social de lideranças religiosas da ReafroSaude - Rede Nacional de Religiões Afrobrasileiras e Saúde - Núcleo RS, aprovado no Edital 2011 do Fundo Brasil, a comunidade terreira Ilê Asé Iyemonjá Omi Olodô realiza atividades de formação para que os participantes possam enfrentar a intolerância religiosa no Rio Grande do Sul.

O grupo propôs a realização encontros regionais e um seminário estadual das lideranças religiosas, em Porto Alegre, para abordar o tema. Os eventos levantam discussões sobre racismo, participação em espaços políticos sociais, articulação comunitária, diálogo com o Estado e com o empresariado, no sentido de detectar e combater a violência contra religiosos e suas práticas.

A meta era reunir cerca de 100 pessoas nos eventos. De agosto de 2011 a janeiro de 2012, o grupo já contabilizou 200 participantes nas atividades realizadas em Alvorada, Pelotas, Passo Fundo, e em um seminário, em Porto Alegre. Ao considerar que tratam-se de lideranças de diversas comunidades, os conhecimentos adquiridos podem ter alcançado outras cerca de mil pessoas, indiretamente. Em abril, mais um encontro regional será realizado em Gravataí e, na sequencia, até junho, haverá formação em Uruguaiana, Santana do Livramento e Santa Maria.

Líder espiritual e presidente da Ilê Asé Iyemonjá Omi Olodô, Valmir Ferreira Martins - Baba Diba de Iyemonjá - conta que a mobilização promovida em torno do combate à intolerância religiosa, com o apoio do Fundo Brasil, gerou novas demandas para a comunidade. Lideranças religiosas de outras quatro cidades do Estado revindicam a realização dos debates localmente. Será preciso articular novas parcerias para tentar atendê-las. Já foram iniciados diálogos com secretarias, coordenadorias e conselhos municipais de Saúde, Assistência Social e Cultura.

“O nosso projeto, em suas intervenções, reforçou a necessidade da inserção das lideranças religiosas no controle social, principalmente nos conselhos municipais, onde podemos demandar ações contra a intolerância religiosa. Estamos conseguindo nesse processo unificar as diferentes concepções ideológicas do povo de Batuque para o entendimento de que temos que ser representativos em vários lugares. Essa mobilização é um processo”, conclui o líder espiritual.

Outras informações sobre o trabalho da comunidade Ilê Asé Iyemonjá Omi Olodô e da RenafroSaude Núcleo RS podem ser conferidas nos blogs http://www.babadybadeyemonja.blogspot.com/ e http://www.renafrosaude.blogspot.com/

FONTE: Fundo Brasil de Direitos Humanos em 28/02/2012

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