Mulheres são chamadas de bruxas e feiticeiras por grupo recém-convertido
As
aldeias dos guarani-kaiowá, em Mato Grosso do Sul estão sendo invadidas
por indígenas neo-pentecostais que querem impor a doutrina cristã aos
povos tradicionais. As principais vítimas do ataques são as mulheres
mais velhas das tribos. Responsáveis por serem as guardiãs da cultura e
da religiosidade de seu povo, elas são acusadas de bruxaria e feitiçaria
pelos evangélicos.
“A intolerância religiosa passou dos limites,
homens vestidos de “CRENTES” e outros também lideres ligados a capitania
dominados pela doutrina pentecostal e discurso de décadas da igreja,
que avançam fortemente nas Reservas Indígenas, usam facas e chicotes
para condenar o chamado ‘feitiço’”, escreveu em uma postagem no
Facebook, Jaqueline Gonçalves que também é indígena.
Segundo
os relatos, os homens fazem agressões utilizando chicotes e facões.
“Quantas mulheres Nhandesys e Nhanderus foram criminalizados até os dias
atuais tidas como bruxas, feiticeiras, macumbeiras, etc mas a tal
igreja é o certo para eles rumo ao CÉU e salvação da vida. Nunca nós os
condenamos por ser da pentecostal mas eles sim condenam nossos anciãos
rezadores, uma guerra religiosa que atravessa nossos corpos e está nos
violentando fortemente”, continua Jaqueline.
Veja o vídeo:
https://revistaforum.com.br/wp-content/uploads/2019/11/indias.mp4?_=1
FONTE: Revista Fórum em 20/11/2019
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