Comissão de Combate à Intolerância Religiosa faz caminhada por liberdade religiosa

A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) realiza neste domingo (25) na Praia de Copacabana, na altura do Posto 6, a partir das 11h, a 9ª Caminhada em defesa da liberdade religiosa.

A programação, porém, começa já às 9h, com Café da Manhã com lideranças religiosas, imprensa e com os candidatos a Prefeito do Rio, no colégio Guido Fontgand, onde os candidatos assinarão carta de compromisso com a comissão de combate a Intolerância Religiosa.

A intolerância religiosa continua fazendo vítimas. Nos últimos anos a CCIR vem chamando a atenção da sociedade para o perigo de uma ditadura religiosa em um país como o Brasil, que é diversificado, repleto de crenças e laico. A comissão, que é a única no mundo a reunir diversos tipos de credos em uma manifestação, se prepara pra receber nesta edição mais 30 mil pessoas.

“A Caminhada é o um dos maiores pontos para o diálogo inter-religioso. O objetivo da Caminhada é promover as ações sociais contra todas as formas de violência, intolerâncias e racismos. De mãos dadas, vamos lutar em prol da liberdade religiosa. A intolerância, assim como o racismo, é um fenômeno social construído com o objetivo de cercear os direitos do outro. Compreendemos que a base para uma convivência sadia em nossa sociedade é a alteridade e o diálogo”, afirma o interlocutor da Comissão (CCIR), o babalawo Ivanir dos Santos.

A Comissão de Combate á Intolerância Religiosa (CCIR) é formada por candomblecistas, umbandistas, católicos, judeus, muçulmanos, wiccanos, budistas, kardecistas, seguidores do santo daime, hare krishnas, evangélicos, ciganos, ateus e agnósticos. O grupo, que é o único no mundo a reunir diversos tipos de credos em uma manifestação, se formou após traficantes de drogas da Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio, expulsarem integrantes de matriz africana de suas casas. Os bandidos foram convertidos a segmentos neopentecostais dentro de presídios e, ao ganharem liberdade, proibiram o chamado “Povo de Santo” de dar continuidade a seus cultos. A CCIR, então, iniciou um protesto nas escadarias da Assembleia Legislativa para chamar a atenção das autoridades, em 2008.

FONTE: Jornal do Brasil em 24/09/2016

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