Reju promove campanha contra a intolerância religiosa

Reju convida sociedade a se vestir de branco no Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa

"Eu visto branco pela Liberdade de fé” é o tema que potencializa as reflexões e as ações, promovidas pela Rede Ecumênica da Juventude (Reju), referentes ao 21 de janeiro, Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa.

Por meio das redes sociais, a iniciativa é liderada pelos 300 jovens que fazem parte da Reju. A primeira tarefa foi personalizar a foto do perfil com o tema da campanha. Até o momento, a ação já alcançou cerca de 55 mil pessoas em todo o Brasil. E a Reju quer mais.


A partir desta quinta-feira (21) até domingo (24), os adeptos à campanha poderão se vestir de branco e compartilhar sua foto, de forma pública, por meio do Instagram e Twitter da Reju (@rejubr), além do Facebook (Rede Ecumênica da Juventude).


BRANCO

A cor-símbolo da campanha visibiliza e dá voz às religiões afro-brasileiras, como o Candomblé e a Umbanda, como também sinaliza a diversidade, sendo o branco resultante da mistura de todas as cores. “A possibilidade de somar forças pela liberdade de crer e não crer sinaliza que os caminhos de esperança são construídos e se fortalecem diariamente”, destaca a facilitadora nacional da Reju, Edoarda Sopelsa Scherer.


Pela defesa de um Estado laico, de fato, a Rede assume o eixo da diversidade religiosa como ponto principal de sua luta. “Devemos reconhecer que nossa sociedade é diversa e o papel do Estado, como da essência de cada religião, é o bem comum social. Enquanto houver intolerância religiosa e violações de direitos, nossa luta seguirá”, acrescenta Edoarda.

Mais informações sobre a campanha “Eu visto branco pelo fim da intolerância religiosa” podem ser encontradas no site www.reju.org.br.


O porquê da data

O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa foi sancionado pela Lei nº 11.635, de 2007, e faz referência ao dia da morte de Mãe Gilda, (Gildásia dos Santos e Santos), Ìyálòrìsà (Yalorixá) do IIé Àṣẹ Abassá ti Ògún (Ilê Axé Abassá de Ogum), que faleceu em 2000, em Salvador (BA), após sofrer atos de intolerância.

Em 1999, o jornal Folha Universal, da Igreja Universal do Reino de Deus, estampou em sua capa uma foto da Ìyálòrìsà (Yalorixá) Mãe Gilda, que trajava roupas de sacerdotisa para ilustrar uma matéria cujo título era “Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes”. Depois disso, sua casa foi invadida, seu marido foi agredido verbal e fisicamente e seu terreiro foi depredado por evangélicos. Mãe Gilda não suportou os ataques e, após enfartar, faleceu no dia 21 de janeiro de 2000.


Saiba mais

Fundada em 2007, a Reju é formada e protagonizada pelas juventudes do Brasil que buscam, a partir de distintas formas de espiritualidades, a promoção dos direitos juvenis. Busca-se o diálogo nas esferas sociais, políticas e religiosas com ações pela superação das intolerâncias. A Reju reúne jovens representantes de diferentes localidades, movimentos, religiões e entidades nas cinco regiões do país. 


FONTE:  Reju em 20/01/2016

Reju promove campanha contra a intolerância religiosa
Crédito da foto: Divulgação

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