Terreiros de Candomblé são incendiados em Goiás: ‘Encontrei uma Bíblia’, diz dono de um dos locais
Dois terreiros de Candomblé foram incendiados na madrugada deste sábado em Goiás, num intervalo de 5h, nos bairros de Santo Antônio do Descoberto e Águas Lindas. O dono de um dos locais, que ficou totalmente destruído, disse ter encontrado uma Bíblia no local.
— O terreiro já foi invadido há um mês e, desde então, passamos a dormir aqui. Aconteceu de ontem eu ir para minha casa quando, por volta das 6h, um vizinho me ligou avisando do fogo. Quando cheguei estava tudo destruído — lamenta o babalorixá Edvaldo do Nascimento, de 46 anos, conhecido como Babazinho. Ele é dono do espaço que funcionava em Santo Antônio do Descoberto.
O babalorixá Djair Santos, de 52 anos, mais conhecido como Djair de Logun Edé, diz que não pode afirmar se o que aconteceu no terreiro dele, em Águas Lindas — a 40 minutos de Santo Antônio — foi ato de intolerância. O local só não foi totalmente destruído porque ele foi avisado a tempo.
— Estava numa festa quando minha vizinha ligou avisando que ouviu um estrondo. Derrubaram meu portão com o carro. Era por volta de 1h quando cheguei e vi a poltrona queimando. Na minha varanda havia um varal cheio de roupas de santo, porque teria uma festa aqui, e queimaram tudo. O mais intrigante é que não levaram nada. Isso porque tinha uma makita para cortar cerâmica, que é um aparelho caro, uma máquina de fazer suco, entre outras coisas — descreve Djair.
O babalorixá afirma que a vizinha viu dois homens num carro Strada prata, a mesma cor do veículo utilizado pelas pessoas que incendiaram o terreiro de Santo Antônio do Descoberto, segundo relatos de vizinhos do local.
— Acho que foram as mesmas pessoas, mas estou aqui há 9 anos e nunca tive problema com ninguém, então não sei se seria por intolerância —afirma Djair.
O EXTRA entrou em contato com os Centros Integrados de Operações de Segurança (Ciops) de Santo Antônio do Descoberto e de Águas Lindas, que informaram só poderem falar sobre os casos na próxima segunda-feira.
FONTE: Jornal Extra em 12/09/2015
— O terreiro já foi invadido há um mês e, desde então, passamos a dormir aqui. Aconteceu de ontem eu ir para minha casa quando, por volta das 6h, um vizinho me ligou avisando do fogo. Quando cheguei estava tudo destruído — lamenta o babalorixá Edvaldo do Nascimento, de 46 anos, conhecido como Babazinho. Ele é dono do espaço que funcionava em Santo Antônio do Descoberto.
O babalorixá Djair Santos, de 52 anos, mais conhecido como Djair de Logun Edé, diz que não pode afirmar se o que aconteceu no terreiro dele, em Águas Lindas — a 40 minutos de Santo Antônio — foi ato de intolerância. O local só não foi totalmente destruído porque ele foi avisado a tempo.
— Estava numa festa quando minha vizinha ligou avisando que ouviu um estrondo. Derrubaram meu portão com o carro. Era por volta de 1h quando cheguei e vi a poltrona queimando. Na minha varanda havia um varal cheio de roupas de santo, porque teria uma festa aqui, e queimaram tudo. O mais intrigante é que não levaram nada. Isso porque tinha uma makita para cortar cerâmica, que é um aparelho caro, uma máquina de fazer suco, entre outras coisas — descreve Djair.
O babalorixá afirma que a vizinha viu dois homens num carro Strada prata, a mesma cor do veículo utilizado pelas pessoas que incendiaram o terreiro de Santo Antônio do Descoberto, segundo relatos de vizinhos do local.
— Acho que foram as mesmas pessoas, mas estou aqui há 9 anos e nunca tive problema com ninguém, então não sei se seria por intolerância —afirma Djair.
O EXTRA entrou em contato com os Centros Integrados de Operações de Segurança (Ciops) de Santo Antônio do Descoberto e de Águas Lindas, que informaram só poderem falar sobre os casos na próxima segunda-feira.
FONTE: Jornal Extra em 12/09/2015
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