Quilombos urbanos ressignificam cultura de matriz africana na Bahia

Historiador analisa atuais configurações dessas comunidades

É difícil contestar que Salvador é a Roma Negra com 80% da população afrodescendente e mais de 1500 terreiros de candomblé. Também são inegáveis as contribuições dos povos africanos na cultura baiana. Para falar sobre estes legados, o Aprovado recebeu no sábado, 6, o historiador Antônio Cosme Lima da Silva. O especialista fez uma análise da situação atual das comunidades do estado, tema da série Quilombos da Bahia, que estreou também no dia 6.

Antônio Cosme explica, na entrevista, que existem três tipos de quilombo: o histórico, comum em países africanos; o de rompimento, ligado à quebra de relações entre negros escravizados e sociedade civil, recorrente no Brasil durante o século 16; e o urbano, instituído na nova configuração de comunidades remanescentes. Ele ressalta que o Quilombo dos Palmares é a comunidade de rompimento mais conhecida da história brasileira e durou mais de cem anos.

O especialista citou alguns bairros que na essência são formados por elementos quilombolas, como Engenho Velho da Federação, Liberdade, Pirajá e Cabula. A presença de terreiros de candomblé nessas localidades é um dos indícios de que, em outro período, foram quilombos. “Nós podemos dizer que dentro de um espaço de terreiro existe um quilombo ou uma miniáfrica”, conclui Antônio Cosme. Reveja as duas partes da entrevista.

FONTE: GShow em 16/06/2015

Nenhum comentário

Tecnologia do Blogger.