Festival de Liberdade Religiosa terá transmissão pela Novo Tempo

Líderes religiosos manifestam apoio ao Festival Mundial de Liberdade Religiosa que acontece no sábado, 25, a partir das 16 horas (horário de Brasília) no Vale do Anhagabaú, em São Paulo. O evento é coordenado pela Associação Internacional de Liberdade Religiosa (IRLA), entidade que defende esse direito há 120 anos no mundo. O evento será transmitido ao vivo pela TV e Rádio Novo Tempo.
O presidente da Área Brasil da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Mórmons), Cláudio Costa, explicou à reportagem da ASN (Agência Adventista Sul-Americana de Notícias) que é parte do credo da denominação que ele representa o respeito à liberdade das pessoas escolherem qual religião querem seguir conforme os ditames de sua consciência. Costa acredita que o Brasil pode ser um bom protagonista nesse assunto de defesa da liberdade religiosa justamente por ter um modelo de convivência harmônica entre as diferentes religiões. “O Brasil pode mostrar a outros países que isso é algo bom, saudável e correto”, comentou.
Já dom Odilo Scherer, arcebispo da Igreja Católica em São Paulo, elogiou as ações para promoção do direito à liberdade religiosa e disse que o Brasil é um lugar tranquilo porque aqui não há leis que vetam a liberdade e nem são persecutórias. Por outro lado, Scherer chamou a atenção para que não se introduza o que ele chama de exclusão da participação pública dos cidadãos que se professam religiosos e mesmo crentes em Deus. Ele vê aí uma ameaça velada e até um obstáculo à liberdade religiosa, principalmente quando os cidadãos que possuem fé religiosa têm menos oportunidade de participação ou são, de alguma maneira, discriminados em sua atuação social.

Fórum internacional – Na quinta-feira à noite, 23, um dos auditórios da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo foi palco do Fórum Internacional de Liberdade Religiosa. Participaram representantes da defesa da liberdade religiosa da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, Igreja Católica, Igreja Assembleia de Deus, Igreja Batista, Igreja Adventista, entre outros religiosos, advogados e ativistas em geral da causa. O pesquisador Brian Grim deixou a todos os presentes estarrecidos com alguns números relativos às restrições religiosas no mundo. Grim afirmou, conforme as pesquisas da Pew Forum Research, que um terço dos países do mundo possui normas que forçam as pessoas a terem algum tipo de religião, ou seja, nesses lugares é proibido se manifestar ateu ou não crente em Deus. Em 31% países do mundo a intolerância religiosa resulta em prisões e, em 36% das nações pesquisadas, o terrorismo faz parte da restrição à liberdade de expressão religiosa ou opção de crença.
O pastor Edson Rosa, secretário-executivo da IRLA para a América do Sul, frisou que o tema da liberdade religiosa precisa ser mais divulgado. “Ao ficarmos quietos e não nos manifestarmos em relação a isso, estamos dando espaço para as pessoas com preconceito que podem atrapalhar a plena liberdade de expressão e consciência. Devemos, por isso, nos manifestar cada vez mais publicamente sobre isso”, explicou. [Equipe ASN, Felipe Lemos]

Fonte: Portal Adventista em 25/05/2013

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