Caso Russel envolve denúncias de abuso sexual e intolerância religiosa


Nas entrelinhas da notificação judicial, se esconde uma história ainda mais dolorosa, que envolve religião, denúncias de abuso sexual, prisão e acusações criminais impostas à mãe da criança procurada, Valerie Carlton. No perfil de uma página no Facebook atribuída a Valerie, há a informação que ela possui 44 anos e que está presa desde maio de 2009. Ela responde a 28 acusações de práticas criminais em Harford County, Maryland.

Ainda de acordo com a página social, Valerie Carlton perdeu a custódia da filha, em 2007, na cidade de Harford County, que fica em Maryland. Ela era casada com Russel, que pertence a uma religião cristã. De acordo com o site, Russel entrou na Justiça para proibir a mãe de visitar a filha, após Valerie, que era judaica, passar a praticar rituais judaicos em casa.

Após se separar, Valerie ficou grávida de um judeu ortodoxo e planejava pedir a guarda da primeira filha. A decisão não agradou ao ex-marido. Segundo informações da página, ele acusou a ex-esposa de praticar abuso sexuais contra a criança e a denúncia passou a ser investigada pelo Condado de Harford.

Ouvida na Justiça, a menina negou as informações. Apesar disso, ainda de acordo com a página social, a Justiça manteve a filha longe da mãe. Para agravar mais a situação, o pai do segundo filho se negou a casar e a pagar as contas do parto. Após nascimento, o bebê foi entregue a um orfanato, onde morreu.

Segundo a página do Facebook, Valerie foi avisada da morte do recém-nascido quando estava na prisão. Ela foi acusada de dar leite materno contaminado ao filho e de ter contribuído para o óbito da criança. Valerie passou 13 dias numa cela chamada de solitária e ainda teria sido espancada.

Ao descobrir que seria vítima de mais atos violentos, ela fugiu da prisão, em Maryland. No entanto, foi presa em Nova Iorque, com a ajuda do ex-marido. De acordo com um relato escrito na página social, o ex-marido resolveu ajudar na localização, após descobrir que a mãe de Valerie havia pedido na Justiça o direito de visitar a neta.

FONTE: Jornal da Paraíba em 17/02/2013

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