Sacerdotes consideram casamento gay uma ameaça à liberdade religiosa

REINO UNIDO

Mais de mil sacerdotes assinaram uma carta na qual expressavam as suas preocupações sobre o facto de o casamento homossexual poder ameaçar as liberdades religiosas e até mesmo conduzir os católicos à exclusão de alguns empregos.


Nesta carta, que é uma das maiores cartas produzidas e divulgadas deste tipo alguma vez escrita, os padres afirmam que o casamento homossexual poderá ameaçar liberdades da mesma forma que originou, durante séculos, a perseguição aos católicos em Inglaterra.
A carta - assinada por 1054 sacerdotes,13 bispos, alguns abades e outros grandes nomes do catolicismo – foi feita com o objectivo de levar os católicos a manifestarem-se contra o casamento gay.

Estes chegaram mesmo a afirmar as retrações que devem existir na liberdade da oratória pois pode tornar-se um risco.

O maior medo recai sobre a possibilidade dos católicos – que acreditam no sentido tradicional do casamento - serem efetivamente excluídos de alguns postos de trabalho, da mesma forma que os católicos foram proibidos de muitas profissões aquando da Reforma e até ao século XIX.
"Depois de séculos de perseguição, os católicos têm, nos últimos tempos, conseguido alcançar uma profissão e participar plenamente na vida deste país” – afirmam os sacerdotes ingleses. Acrescentam ainda que "a legislação para o casamento do mesmo sexo, não deve ser promulgada pois poderá ter muitas consequências legais, restringindo a capacidade de os católicos poderem ensinar a verdade sobre o casamento nas suas escolas, instituições de caridade ou locais de culto”.
"Não tem sentido argumentar que os católicos – e até outras pessoas - ainda podem ensinar as suas crenças sobre o casamento em escolas e outras esferas, se estes também defendem o ponto de vista oposto (homossexualidade) ao mesmo tempo" – concluem.
Um porta-voz do Departamento da Cultura, dos Média e do Desporto opôs-se ao referido. "Temos sido muito claros nos nossos planos para o casamento entre pessoas do mesmo sexo e pensamos que isso irá proteger totalmente a liberdade de religiões até mesmo para pregar, ensinar e colocar em prática as suas crenças sobre o casamento”, defendeu.

FONTE: Correio da Manhã em 12/01/2013

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