Autoridades religiosas abraçam luta contra a intolerância

Com o objetivo de contribuir com o debate em torno do Programa Nacional dos Direitos Humanos, cujo objetivo é incentivar o diálogo entre os movimentos religiosos para a construção de uma sociedade verdadeiramente pluralista é que as autoridades convidadas para o debate na audiência proposta pelo deputado estadual Sinésio Campos (PT) deram sua opinião sobre o tema que causou polêmica no Estado envolvendo a in tolerância religiosa.O coordenador Amazônico de Religiões de Matrizes Africanas e Ameríndias (CAARMA), Alberto Jorge Silva, ressaltou os acontecimentos ocorridos no período Romano, quando milhares de pessoas foram mortas e, em Paris, na matança de São Bartolomeu, numa mostra clara que, quando o oprimido se torna poder, passa a fazer as mesmas atrocidades que foram feitas contra si. Alberto Jorge aproveitou para criticar um fato lamentável ocorrido em Manaus, que ele classificou como intolerância religiosa em plena semana da “Consciência Negra”, quando um trabalho de cunho religioso foi vilipendiado e atacado de forma infame por alunos “levados a agir, por ordem de adultos ‘irresponsáveis’, a se negaram a fazer um trabalho, numa feira, alegando que os textos falavam de abominação e culto ao diabo”. Para Jorge isso é um absurdo e deve ser contido para não venha acontecer novamente. Para a senhora Elma do Vale Furtado, da Seicho-no-ie, o deputado Sinésio Campos estava de parabéns por ter abraçado essa causa, afirmando que a Seicho-no-ie não possui sectarismo religioso pois abre as portas para todos os segmentos religiosos, pois acredita que viemos de uma única fonte que é Deus, por isso, não há motivos para a separação de religiões. Para Isaac Dahan, esse tipo de reunião com esse escopo de discussão sempre vão existir e que as diferenças ideológicas sempre vão estar em destaque, porém, é fato que temos que procurar aquilo que possa nos unir e que não nos separe, pois todos somos filhos de Deus que criou o mundo, mas não o concluiu, deixou para os homens essa tarefa que deve ser feita de forma a não discriminar a essa ou àquela pessoa. O pastor Rodrigues Caldas, 2° vice-presidente da Ordem dos Ministros Evangélicos do Estado do Amazonas, afirmou que poderia falar sobre muita coisa que foi dito na sessão, mas iria se ater no conteúdo da intolerância religiosa que era o tema principal de discussão e que é passível de erro a qualquer pessoa. Para ele o que temos que fazer é seguir a vontade de Deus e não regras ou estatutos.

FONTE: Jambo Verde em 04/12/2012

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