Diretor da AIS comenta dados sobre liberdade religiosa no Brasil


No Brasil, não há relatos de violações do direito à liberdade religiosa por parte das autoridades. Isso é o que revela o "Relatório sobre a Liberdade Religiosa no mundo 2012", realizado e divulgado nesta semana pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).

Salvo-guardada pela Constituição Federal, no Artigo 5º, a liberdade religiosa no Brasil tem sido preservada no que diz respeito a registros de violência física e expressa contra cristãos ou outras confissões. Todos os brasileiros têm o direito de exercer seu credo conforme suas convicções.

A liberdade religiosa

Mas, o que se entende por liberdade religiosa? Todo ser humano é portador desta liberdade? O que tem sido feito para que todos possam usufruir dela?

Em entrevista à equipe do noticias.cancaonova.com, o Diretor da Fundação AIS no Brasil, José Corrêa, explicou que se entende por liberdade religiosa a liberdade que todo cidadão do país tem de praticar a sua crença religiosa sem nenhum constrangimento. Nela as religiões podem se organizar e propor as suas idéias sem restrições.

Mesmo em meio ao Século XXI, nem todos os países estão sujeitos ou influenciados por esta liberdade. Assim como, nem todas as religiões são tolerantes à liberdade religiosa dos semelhantes. Há países, no Oriente Médio, por exemplo, onde a cultura religiosa de algumas denominações é profundamente intolerante aos cristãos, podendo estes serem até condenados à morte por defenderem sua religião.

A Igreja Católica tem trabalhado para que a liberdade religiosa de qualquer pessoa ou denominação seja respeitada. Porém, é do conhecimento de todos que se trata de um desafio ainda a ser vencido, visto que os paradigmas e preconceitos religiosos ainda são fortes em muitas regiões do mundo.

Sobre o Relatório no Brasil

Corrêa explicou ainda metodologia do relatório e trouxe uma análise a respeito da liberdade religiosa no Brasil.

No total, foram examinados 196 países, dos quais 131 de maioria cristã. Segundo José Corrêa, em nosso Brasil, para pesquisa, foram consultados o Núncio Apostólico, Dom Giovanni d'Aniello, alguns especialistas das Pontifícias Universidades Católicas (PUCs) de São Paulo e do Rio de Janeiro, dentre outras autoridades.

Aborto e violência social

No Brasil, o relatório aponta, não como perseguição, mas como sinais de barreiras que dificultam a vivência plena da religiosidade, as questões do aborto e da violência social.

"Está havendo uma pressão, tanto por meio de alguns elementos da imprensa como elementos políticos, para a legalização do aborto no Brasil. Como a Igreja se opõe, saíram no ano passado muitos artigos de imprensa, houve discursos de alguns políticos, que disseram que a Igreja não tem que se meter nestes assuntos. Obviamente, isso é um problema moral, então, é da competência da Igreja sim. E ela tem o direito de se manifestar. Estamos num país livre”, afirmou José Corrêa.

Sobre as situações de morte ou ameaças que sofreram ou sofrem alguns religiosos e leigos, especialmente no norte do país, José Corrêa diz que se trata de casos pontuais de perseguição local. "Tanto que, algo foi feito para aqueles que perseguiram. Alguns foram julgados e presos. Esses casos são vistos mais como problemas sociais e não como um ataque à religião ou à prática religiosa. Eles atacam pessoas da Igreja que defenderam os direitos de outras pessoas."

Para José Corrêa, no Brasil a liberdade religiosa está longe de ser ameaçada, por ter uma base democrática e pelo fato de que boa parte do povo brasileiro não toleraria esse tipo de opressão. "Esse é um sinal de que os princípios cristãos ainda são muito influentes sobre o povo brasileiro", afirmou o Diretor da AIS.

FONTE: Canção Nova Notícias em 25/10/2012

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