TJ-SP determina retirada de trailer de filme anti-Islã


Por determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo, o Google Brasil, mantenedora do site de vídeos YouTube, deverá retirar do ar o trailer do filme "Inocência dos Muçulmanos". A decisão do juiz Gilson Delgado Miranda, da 25ª Vara Cível, atende a pedido da União Nacional Islâmica (UNI), com sede em São Paulo, que já havia se posicionado contrária à produção e sua divulgação (leia nota abaixo). O Google tem 10 dias para retirar o trailer do ar, mas na decisão, o juiz não atendeu a outro pedido da UNI, de impedir a reinserção do vídeo.

Na decisão, o juiz declara o caso complexo e conflitante com a definição de liberdade de expressão - para ele, o conflito surge da "necessidade da proteção de indivíduos ou grupos humanos contra manifestações que possam induzir ou incitar a discriminação de preconceito de religião". Protestos contra o filme já deixaram dezenas de mortos e feridos em todo o mundo - no Brasil, uma manifestação no Rio de Janeiro pela liberdade de crença e contra a ofensa ao Islã, promovida pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR), reuniu cerca de 200 mil pessoas; em São Paulo, um protesto na sexta-feira (21) reuniu centenas de pessoas.

A UNI divugou nota de repúdio ao filme e uma nota oficial das entidades islâmicas no Brasil, na qual também condena ataques violentos contra embaixadas e outras entidades. Leia abaixo.

"Nota de repúdio ao filme ofensivo aos muçulmanos

Desde a semana passada, diversos protestos tomaram conta do mundo árabe em virtude de um filme de produção norte-americana com teor ofensivo aos muçulmanos. O filme "Innocence of Muslims" ("Inocência dos Muçulmanos") é uma produção amadora feita nos Estados Unidos, que gerou uma onda de protestos em massa em países muçulmanos, por retratar o profeta Mohammad e o Islã de forma ofensiva.

O Conselho Superior dos Teólogos e Assuntos Islâmicos do Brasil e a União Nacional das Entidades Islâmicas expressam repúdio à produção e pedem o respeito à diversidade religiosa, sugerindo leis que criminalizem materiais que violentam o sagrado."

FONTE: Caros Amigos em 26/09/2012

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