Grupos se articulam no combate à intolerância


No primeiro semestre deste ano foram destruídos sete terreiros de religiões afro descendentes no Agreste pernambucano. A violência ocorreu devido à morte de uma criança por pessoas identificadas, erroneamente, como atuantes de práticas religiosas de matizes africanas. Para combater a impunidade ou a falta de informação sobre o Candomblé, Umbanda e a Jurema foi criada a Comissão de Acompanhamento contra a Intolerância Religiosa de Pernambuco. Cerca de 20 representantes de entidades e terreiros, convocados pelo Quilombo Cultural Malunguinho, estiveram reunidos ontem num seminário para discutir e articular estratégias de combate aos crimes contra a intolerância religiosa. O encontro ocorreu no Palácio de Iemanjá, em Olinda.

De acordo com o coordenador da Comissão, Alexandre L’OmiL’Odò as ações estão sendo pensadas e serão concretizadas com base numa estratégia maior de educação e formação de, por exemplo, policiais, jornalistas e demais servidores públicos. “Existem duas leis federais, 10.639/2003 e 11.645/2007, que obrigam o ensino de História da África e os Afro descendentes e a História dos Indígenas, respectivamente, mas que não são sendo respeitadas. A implementação delas nas salas de aula ajudaria bastante a diminuir o preconceito“, pontuou. No dia 21 de setembro acontecerá o segundo seminário com a participação de autoridades da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

FONTE: Folha-PE em 22/08/2012

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