Guarujá desenvolve políticas de igualdade para todos os credos

Guarujá sempre foi vista como uma cidade onde as religiões convivem harmonicamente, sem conflitos, uma vez que a própria Administração Municipal procura tratar todos de maneira igual, promovendo e apoiando atividades. No entanto, na prática, apesar de estarmos em um contexto bem diferente do que ocorre em muitos países, onde comunidades de distintas religiões vivem em pé de guerra, ainda existem grupos que passam por situações de intolerância religiosa.
As comunidades de terreiro, por exemplo, sofrem com a falta de compreensão sobre as suas práticas religiosas. Com o intuito de abrir um espaço para debates e outras discussões sobre a convivência entre as religiões e a sociedade, a Prefeitura de Guarujá promoveu na última segunda-feira (23) um seminário sobre o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa.
A iniciativa foi organizada pela Coordenadoria Especial das Políticas para a Promoção da Igualdade Racial (Coeppir), com apoio da Comissão do Negro e Assuntos Antidiscriminatórios da OAB-Guarujá e do Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra (CMPDCN).
O palestrante da noite foi o rabino Moré Ventura, que abriu sua fala com uma saudação marcante: “Caô Cabecilê, Axé, Shalom. Não sei porque me toca tão fundo esta relação entre judeus e afrodescendentes”. Além do rabino, o evento contou com diversos representantes de outras religiões, como católica, cardecista, evangélica, muçulmana e de matrizes africanas.
O Coordenador da Coeppir, Roberto Luiz de Oliveira, considera fundamental a discussão mais aprofundada sobre a tolerância e o respeito entre as religiões. “É muito importante termos um dia específico para debater sobre a convivência entre as religiões, e também sobre todos os problemas que vivenciados pelos religiosos de matrizes africana. Precisamos que o País assuma mais essa discussão e que os governos deixem, principalmente, de confundir quilombos com terreiros, porque são coisas diferentes. As políticas públicas devem atender os dois de forma distintas", frisou Oliveira.
Para o munícipe Pedro Vitor, 25, as religiões devem conviver de forma pacífica, cada uma respeitando o espaço da outra. “O município tem por dever tratar todas elas com igualdade. Todos têm o direito de caminhar livremente perante a sociedade. Portanto, o tratamento que se dá a uma religião não pode ser diferente do de outra; uma não pode ser valorizada enquanto outra é discriminada. A liberdade religiosa e de culto deve ser respeitada sempre, independente da sua matriz", finalizou Vitor.
Combate à intolerância – A data tem como objetivo principal combater o preconceito religioso, promovendo e incentivando o respeito e a tolerância às diferentes culturas religiosas. Pela lei, o Poder Público deve organizar eventos, seminários e outras atividades culturais com o objetivo de promover discussões sobre o tema.

FONTE: Prefeitura de Guarujá em 25/01/2012

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