Matrizes religiosas se unem para celebrar o Dia de Combate à Intolerância Religiosa

A constitucional liberdade de crenças foi reafirmada neste 21 de janeiro, Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. Representantes de diversas matrizes religiosas se uniram, em um momento de celebração e reflexão sobre o tema, na Reitoria da Universidade Federal da Bahia. Para a vereadora Olívia Santana (PCdoB), autora da Lei 6.464/04, que instituiu o Dia Municipal de Combate à Intolerância Religiosa, a ideia é colaborar para que a cidade se torne referência dos direitos humanos e da democracia.
 “Temos que continuar discutindo e refletindo sobre a questão da intolerância religiosa, que permanece presente na sociedade e atinge principalmente os adeptos do candomblé, religião de matriz africana, que sempre enfrentou o preconceito e o racismo. Trabalhamos para que relações respeitosas e harmoniosas sejam estabelecidas entre as religiões, e que reafirmemos a cada dia a laicidade do Estado brasileiro”, afirmou Olívia Santana.
Autor da Lei 11.635/07, que instituiu o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, o deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA) afirma que “celebrar o 21 de janeiro é dizer que acreditamos que o nosso país de tantas cores respeita e preserva a diversidade”.No encontro, representantes de matrizes religiosas receberam uma placa em reconhecimento pela luta em defesa da liberdade religiosa. Na opinião de Eloi Araújo, representante da Fundação Palmares, é necessário que todos os brasileiros tenham consciência da importância do Estatuto da Igualdade Racial. “Precisamos disso para a construção do respeito, da tolerância e da igualdade”, destacou.Além dos representantes das mais diversas religiões, também marcaram presença, na comemoração deste 21 de janeiro, a deputada federal Alice Portugal (PCdoB), a senadora Lídice da Mata (PSB), entre outros representantes dos poderes públicos.
Mãe Gilda
O dia 21 de janeiro marca o dia do falecimento da ialorixá Gildásia dos Santos, conhecida popularmente como Mãe Gilda. A líder religiosa passou por uma série de complicações, após ter sido atacada pelo jornal Folha Universal, da Igreja Universal do Reino de Deus, no ano de 1999, vindo a falecer no ano seguinte.
Na publicação, a ialorixá foi tratada como “charlatã” e “macumbeira”. Após o ocorrido, a família da vítima entrou uma luta jurídica em busca de punição para os culpados. O caso se tornou um emblema da luta contra a intolerância religiosa.
FONTE: Balcão News em 21/01/2012

Nenhum comentário

Tecnologia do Blogger.