Porto Alegre - Saúde participa de debate mundial sobre a população negra

A situação dos movimentos negros dez anos depois da Conferência Mundial contra o Racismo, realizada em Durban, na África do Sul, foi debatida entre os dias 18 e 21 de agosto, em La Ceiba (Honduras), durante a 1ª Cumbre Mundial de Afrodescendentes. O evento foi motivado pela declaração de 2011 como Ano Internacional dos Afrodescendentes, pela Organização das Nações Unidas (ONU), e contou com a participação de 44 países. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) foi representada pela coordenadora da Área Técnica de Saúde da População Negra, Elaine Oliveira Soares.

Foram temas do encontro os acordos internacionais contra o racismo e a discriminação, a epidemia do HIV/Aids, direitos humanos e acesso à Justiça, problemas ambientais, saúde reprodutiva, intolerância religiosa e marginalização do povo afrodescendente, condição da mulher e a cultura e identidade dos afrodescendentes. De acordo com a organização da Cumbre Mundial, 75 milhões de mulheres vivem em desigualdade na América Latina e no Caribe.

Declaração - Aberto pelo presidente de Honduras, Porfirio Lobo, o evento teve a presença de embaixadores e ministros. No encerramento, foi apresentada a Declaração de Cumbre, propondo a inclusão da luta contra o racismo como mais um dos Oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – estabelecidos pela ONU em 2000 e que, no Brasil, passaram a ser chamados de Oito Jeitos de Mudar o Mundo. São eles: acabar com a fome e a miséria, educação básica de qualidade para todos, igualdade entre sexos e valorização da mulher, reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde das gestantes, combater a aids, a malária e outras doenças, qualidade de vida e respeito ao meio ambiente, e todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento.

A Declaração de Cumbre propõe também que governos e empresas tenham como obrigação garantir a todos os afrodescendentes trabalho, saúde e melhores lugares para viver, livres de contaminação e degradação ambiental. Representantes da comunidade negra enfatizaram que chegou o momento de a ONU incorporar não apenas mais um aos Oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, mas também de criar um Índice de Desenvolvimento Humano com perspectiva de raça e etnia.

FONTE: O Noticiado em 26/08/2011

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