Casos de 'intolerância' religiosa são levados ao MPE

Manifestações e reuniões foram marcadas na tentativa de sanar o problema
Mais um passo contra a intolerância religiosa foi dado nesta tarde de segunda-feira (28), na sede do Ministério Público de Alagoas (MPE). Adeptos à religião afro-brasileira estiveram no órgão formalizando denúncias de perseguição, por parte da Polícia Militar do Estado (PM/AL), à uma ialorixá e a dois babalorixás.

De acordo com o presidente da Comissão das Minorias da OAB, Alberto Jorge Ferreira, a reunião foi bastante proveitosa. “Três vítimas foram ouvidas, e a partir daí, o Ministério Público se comprometeu de convocar uma cúpula da Polícia Militar de Alagoas, com todas as religiosidades afro-brasileiras, os ialorixás e babalorixás do estado no sentido de resolver esse impasse”, explicou Alberto Jorge.

Segundo o presidente, a reunião foi marcada para o dia 15 de novembro, no Ministério Público Estadual, onde haverá, ainda, um grande manifesto em protesto às perseguições. Deverão participar da reunião o comandante geral da PM, coronel Dalmo Sena, o subcomandante, tenente coronel Luciano Silva, o comandante do Comando do Policiamento da Capital (CPC) tenente coronel Mário da Hora e o corregedor da PM, coronel Erivan.

O cenário alagoano

Para Alberto Jorge, os trabalhos de conscientização têm surtido efeito no sentido de mostrar que os adeptos à religiosidade afro-brasileira têm direitos e precisam ser respeitados. “Mesmo carregando um histórico de discriminação no Brasil e com os números grandes de denúncias sobre a intolerância religiosa, envolvendo o próprio povo, redes de TV e inclusive outras religiões, este é um momento de reflexão e unificação de forças” – concluiu.

FONTE: Jornal Gazeta em 28/09/2009

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