Homem invade igreja em Niterói e destrói imagens de santos



Policiais militares do 12º BPM (Niterói) prenderam na tarde deste sábado um homem que invadiu a Igreja de São João Batista, no Centro de Niterói, e quebrou imagens dos santos. Ele chegou a quebrar duas delas, quando foi contido por um segurança que passava no local.

O caso foi registrado na 76°DP. O delegado responsável pelo caso avaliou as provas apresentadas e autuou o acusado pelo crime de vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso. O homem, que afirmou agir por intolerância religiosa, assinou um termo circunstanciado e foi liberado. O procedimento será encaminhado à Justiça.

Um membro da catedral, que pediu para não ser identificado, avalia um prejuízo de mais de R$ 30 mil.

Na terça-feira passada, um vídeo foi postado no Facebook onde aparece uma pastora de uma igreja evangélica em Botucatu (SP) quebrando uma imagem de Nossa Senhora Aparecida com um martelo. A gravação foi feita por um dos obreiros, como são chamados os membros da igreja, e mostra um culto da igreja evangélica. Enquanto a pastora quebra a imagem da santa com o martelo, um grupo de pessoas faz várias orações.

“Oh, glória. Não aceito outro Deus. Aleluia, Jesus. Teu nome seja glorificado, Senhor. Abençoa, Senhor, meu pai, que foi feita pelas mãos do inimigo. Seu nome será honrado e glorificado. Está quebrada, em nome de Jesus”, dizem os obreiros.


O Conselho de Pastores da cidade emitiu nota dizendo que “não esteve envolvido e nem apoia prática alguma de intolerância religiosa”. Ainda na nota, a entidade faz um pedido de perdão “aos nossos irmãos e amigos católicos que se sentiram ofendidos com o vídeo de uma prática isolada”.

Bispo chuta santas

Um dos casos mais emblemáticos de intolerância de evangélicos contra símbolos católicos ocorreu em 1995, quando o bispo Von Helde, da Igreja Universal do Reino de Deus, chutou uma imagem de Nossa Senhora em pleno culto, que era transmitido pela TV Record. O ato gerou muita polêmica, fazendo até com que Von Helder deixasse o país. Ele só retornou em 2014. Ele foi condenado a dois anos e dois meses de prisão por discriminação religiosa e vilipêndio de imagem religiosa.

FONTE: Jornal O Dia em 16/01/2017

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