Artistas promovem mega projeção na cúpula do Museu da República
No próximo dia 6 a cúpula externa do Museu da República vai receber uma mega projeção para o lançamento da campanha internacional “Paint the Change" (Pinte a Mudança) no Brasil. Essa campanha teve início em setembro em Nova York e tem como linha de trabalho a produção de murais de grafite em defesa dos jovens iranianos bahá’is, que não têm acesso ao ensino superior no país.
Quem está à frente da campanha é o cineasta iraniano Maziar Bahari, que é muçulmano. Já foram feitos murais em diversos lugares do mundo. No Brasil já foram produzidos trabalhos no Rio de Janeiro, Londrina, Brasília e São Paulo.
O evento do dia 6 de novembro vai ser uma projeção de vídeos cobrindo toda a cúpula externa do Museu da República com os trabalhos que estão compondo a campanha e outras peças que dialogam com a temática. Quem está fazendo a curadoria são os artistas brasileiros Siron Franco e Bené Fonteles. A projeção em Brasília incluirá obras de diversos artistas que aderiram ao projeto, além de muita música com o DJ Ops, do Criolina, e e Vava Afiouni Trio.
Sobre Maziar
Maziar Bahari foi repórter da Newsweek no Irã entre 1998 e 2011 e produziu diversos documentários sobre o país, além de reportagens para emissoras de todo o mundo, incluindo a BBC, Channel4, HBO e Discovery. A próxima campanha de Bahari será dedicada à liberdade de expressão e de imprensa no Irã. Durante os Protestos Eleitorais em 2009, foi preso sem acusações e detido por 118 dias — tema do filme “Rosewater” (118 Dias), lançado no Brasil em 2014.
Também em 2014 Bahari lançou o documentário “To Light a Candle (Educação não é Crime, em seu título em português). "Esse tipo de evento internacional, com foco em alguns dos principais temas levantados pelo documentário, são não apenas instrumentais para chamar atenção para o sofrimento enfrentado pelos bahá'ís ao longo de muitas décadas, mas também um estímulo para mudanças positivas. Enquanto os bahá'ís continuarem a enfrentar injustiças, e enquanto as autoridades iranianas os tratarem como cidadãos de segunda categoria, ainda haverá muito a ser feito", afirma Bahari.
Os estudantes bahá’ís no Irã
Os bahá’ís são a maior minoria religiosa do Irã. Mais de 200 bahá’ís foram executados entre 1979 e 1987, após a Revolução Islâmica, e cerca de 70 bahá’ís encontram-se atualmente presos por causa de sua fé. A comunidade também foi periodicamente perseguida nas décadas antes da revolução. Hoje, os bahá’ís sofrem assédios rotineiros, têm sua subsistência negada, são detidos e aprisionados sob falsas acusações, além de serem impedidos de trabalhar e estudar.
Em 1987, os bahá’ís do Irã fundaram o Instituto Bahá’í de Ensino Superior (BIHE), uma universidade informal que visa dar aos jovens bahá’ís a oportunidade de aprender. A história do BIHE é tema do filme Educação Não É Crime (To Light a Candle), produzido por Maziar Bahari. O filme utiliza histórias pessoais e um arquivo de filmagem dramático para explorar a perseguição aos bahá’ís e o papel de sua resistência pacífica no movimento democrático no Irã.
As campanhas Educação Não É Crime e Pinte A Mudança têm o apoio de grandes figuras mundiais, incluindo o Arcebispo Desmond Tutu e a Dra Shirin Ebadi, agraciados com o Prêmio Nobel da Paz, assim como atores de Hollywood como Mark Ruffalo e Rainn Wilson.
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Bahá'ís brasileiros
A comunidade bahá'í brasileira é composta por mais de 70 mil indivíduos de todas as origens étnico-raciais e camadas sociais, engajados em processos de transformação social. Está presente em todos os estados e capitais, e em mais de 1.300 municípios. São reconhecidos pela sociedade e governo brasileiros por sua atuação em prol da paz, da liberdade religiosa, dos direitos humanos e da igualdade racial e de gênero.
Saiba mais: Education is not a crime | Maziar Bahari | IranWire | Comunidade Bahá’í do Brasil
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