Umbandistas e candomblecistas pedem investigação para 'Gladiadores do Altar'

Representantes do Povo de Santo se reuniram no MPF do RJ para protestar e entregar documentação com denúncias contra a Igreja Universal do Reino de Deus do Ceará. De acordo com o grupo, o protesto ocorreu em outras capitais brasileiras

O prédio do Ministério Público Federal, localizado no Centro do Rio de Janeiro, recebeu cerca de 150 representantes do Povo de Santo(Umbanda e Candomblé), que foram protestar contra a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), após a divulgação de um vídeo pela Iurd do Ceará.

Durante o protesto, os umbandistas e candomblecistas, que se dizem assustados com a composição de grupos como o 'Gladiadores do Altar', pediam a realização de uma audiência com representantes da Igreja Universal, a fim de esclarecer sobre o objetivo do grupo para que, assim, seja ajuizada ou não uma ação penal.

Eles levaram ao procurador federal Jaime Mitropoulos uma documentação vasta, com denúncias graves contra a Iurd e também relembraram sobre quando foram vítimas de intolerância religiosa, como em casos de incêndios e depredações de terreiros.

Segundo eles, o protesto ocorreu em outras 24 capitais brasileiras.

Saiba mais sobre o caso

Conforme O POVO noticiou, algumas imagens gravadas em Fortaleza pela Iurd e publicadas em fevereiro geraram burburinho nas redes sociais. Jovens integrantes do programa 'Gladiadores do Altar' aparecem em um culto, andando enfileirados, reproduzindo saudação militar e gritando que estão "prontos para a batalha".

O vídeo que mostra rapazes de "diversas idades para servir a Deus no Altar" recebeu milhares de visualizações, além de compartilhamentos e críticas, sendo retirado do ar logo depois.

Em nota enviada ao O POVO, no entanto, a Iurd afirmou que o vídeo diz respeito à uma apresentação de grupos da igreja, que ocorre em "eventos únicos, com coreografia ensaiada para marcar festivamente a ocasião. Desde então, em cada localidade, tais eventos não se repetiram mais e nem se repetirão".

“A comunidade está assustada com os vídeos que viu destes grupos paramilitares, fardados, de coturno, que promovem pseudoexorcismos de seus orixás e adotam discurso violento contra a liturgia dessas religiões”, afirmou o advogado Luiz Fernando Martins da Silva, que representa o grupo e que também é candomblecista.

FONTE: Jornal O Povo em 24/03/2015

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