Ex-perseguida fala do combate à intolerância religiosa


Helen Berhane, perseguida na África, participa de evento em SE



Chegou a Aracaju esta semana Helen Berhane, uma perseguida religiosa, que esteve presa por mais de dois anos por seguir a religião cristã. Em Sergipe, ela deu vários testemunhos e reproduziu canções com referência ao tempo que passou presa, de modo a inspirar as pessoas no combate à intolerância religiosa. Os encontros com Helen aconteceram nesta quinta-feira, 25, na Igreja Presbiteriana 12 de Agosto.


De acordo com Helen, mesmo hoje estando livre, ela quer permanecer lutando por aqueles que ainda sofrem pelas escolhas religiosas que têm. “Eu não me sinto em paz, mesmo estando livre. Eu quero continuar orando e servindo pelos que ainda estão presos e ainda sofrem, suas famílias sofrem”, disse. “De alguma maneira, seja espiritual ou financeira, quero poder apoiar os perseguidos por onde eu passe”, completou.





Helen Berhane chamou a atenção para o fato de o Brasil ser um país livre. “As pessoas devem saber que vivem em um país livre, pois para alguns isso é muito difícil. Não é em todo lugar que existe liberdade religiosa e que essas pessoas possam valorizar isso. A igreja livre no Brasil deve encorajar e ser encorajada pelas igrejas perseguidas. Isso é muito importante”, disse.


História


Helen Berhane é natural da Eritreia, país localizado na região conhecida como Chifre da África. Devido a suas crenças, ela esteve presa por mais de dois anos em um contêiner de metal, na prisão militar de Mai Serwa. Além de presa, Helen também foi bastante ferida e esteve perto de morrer. Após os tempos de horror, Helen conseguiu sair do país africano e hoje vive na Dinamarca, de onde recebeu asilo político.


Desde maio de 2002, o governo da Eritreia permite apenas a existência de quatro grupos religiosos oficiais e controlados pelo Estado: adeptos ao islã, da Igreja Ortodoxa, da Igreja Luterana e da Igreja Católica. Os demais não têm permissão para se reunir ou atuar livremente no país e quando o fazem são perseguidos.


Por Helena Sader e Verlane Estácio
FONTE: Infonet em 25/09/2014

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