Jovem discriminado por professora da Faetec é defendido pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa


A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) divulgou nota sobre o caso DE intolerância contra jovem estudante de 13 anos. Segundo a reportagem publicada em jornal carioca, F.G.P.  teria sido discriminado por uma professora da Faetec, instituição onde estuda, por ser iniciado no candomblé. Ele teria sido chamado de "filho do capeta" e foi impedido de assistir à aula. O incidente aconteceu após ele ter mostrado aos amigos as contas do candomblé que usava por baixo do uniforme escolar, em junho de 2008. Desde então, está em tratamento psicológico.
Em nota, a assessoria de imprensa da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa informou que a coordenadoria jurídica da instituição encaminhou uma petição à delegacia de Campinho (28ªDP), para que o jovem, a mãe dele e a professora prestem depoimento imediatamente, já que o inquérito aberto há 7 meses não teve ainda uma verificação preliminar.
FONTE: SRDZ Fé em 25/01/2009

Resultado: 
Escola onde estudante sofreu discriminação religiosa pede desculpas ao aluno
A Faetec emitiu um comunicado oficial ontem pedindo desculpas publicamente ao alunoF.G.P., de 13 anos. Assinado pela professora Maria Cristina Lacerda, vice-presidente educacional da Faetec, o documento afirma que a escola abrirá uma sindicância:
- Nós repudiamos qualquer tipo de preconceito. Incentivei a regulamentação do Núcleo de Estudos Étnico-Raciais e Ações Afirmativas. O fato ocorreu e a diretora tomou ações pedagógicas. Infelizmente, não tínhamos ciência que o caso não tinha sido resolvido.
F.G.P., finalmente sentiu-se aliviado:

- Agora, estão fazendo Justiça. Sinto pena e raiva da professora. Ainda não esqueci. Crianças têm que denunciar a intolerância, isso fará bem à nossa religião.

Leia, na íntegra, o comunicado da Faetec, assinado pela professora Maria Cristina Lacerda, vice-presidente educacional da Faetec:
"A Faetec vem de público pedir desculpas ao aluno Felipe Gonçalves Pereira, familiares e a toda comunidade religiosa do Candomblé, pelo fato ocorrido nas dependências de uma de suas unidades escolares. Devemos esclarecer que esta gestão adota, desde 2007 quando assumiu, uma política de reconhecimento e respeito a todos os grupos étnicos, raciais e religiosos, repudiando qualquer forma de preconceito/discriminação. Inclusive em 8 de agosto de 2007, através da Resolução Conjunta SECT/FAETEC n 03 foi regulamentado o Núcleo de Estudos Étnicos Raciais e Ações Afirmativas (NEERA) com o objetivo, dentre outros, de desenvolver valores éticos e ações para combater o racismo, o preconceito e outras formas de discriminação e Violações de Direitos Humanos na rede Faetec. Quanto ao caso do aluno F.G.P., ações pedagógicas foram tomadas e uma sindicância irá apurar administrativamente a questão".

FONTE: Jornal Extra em 26/01/2009

Nenhum comentário

Tecnologia do Blogger.