Observador permanente junto da ONU alerta para intolerância contra cristãos


O observador permanente da Santa Sé junto das agências especializadas da ONU, em Genebra (Suíça), denunciou esta semana o aumento da intolerância religiosa contra cristãos, inclusive na cultura ocidental.
“Há provas bem documentadas que mostram que os cristãos são o grupo religioso mais perseguido no mundo de hoje, isto é, o grupo que vê mais limitados os seus direitos, por uma razão ou outra”, disse à Rádio Vaticano D. Silvano Tomasi, quando intervinha na quinta-feira sobre o tema, no encontro de Rimini que decorre na cidade do nordeste da Itália, até hoje.
Para D. Tomasi, na cultura ocidental a estratégia passa por “dizer ou pensar que a religião é um impedimento para a liberdade individual”.
“Assim, temos uma situação contrária ao que é afirmado: não é o grupo religioso que impede a afirmação do direito de alguém, mas sim a posição pública que limita o direito de quem acredita ou tem fé religiosa”, refere. D. Silvano Tomasi referiu uma “estratégia subtil, mas muito eficaz, porque acaba por impedir a possibilidade de que os valores cristãos venham a ter o seu papel nas decisões públicas”.
O observador permanente da Santa Sé destaca ainda que o aumento da intolerância religiosa passa por limitações à “liberdade dos crentes”, por parte do Estado, e mesmo por “perseguições” às comunidades religiosas. Essa violência, sublinhou, pode levar ao “exílio”, como está a acontecer com os cristãos na Síria ou no Iraque, vistos como “aliados do Ocidente”. “Há manifestações violentas, conflituosas, contra comunidades religiosas que levam à desagregação social, a administração municipal, além dos danos infligidos a estas pessoas”, observou.
O ‘Meeting de Rimini’ tem como objectivo proporcionar o encontro entre pessoas de diferentes crenças e culturas, que tenham em comum o desejo de se conhecerem e valorizarem mutuamente.

FONTE: Jornal de Angola em 25/08/2012

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