Adolescente mantida em cárcere privado é libertada de terreiro em Caatiba

Uma adolescente de 14 anos que era mantida em cárcere privado em um terreiro de Umbanda, no município de Caatiba, no centro sul da Bahia, foi libertada pela polícia na quinta-feira (14).

O proprietário do local Lugelvan Cunha dos Santos, o “Pai Gaso”, 23 anos, foi preso em flagrante pelos delegados Marcus Vinícius de Moraes Oliveira, coordenador da 21ª Coorpin (Coordenadoria Regional de Polícia do Interior) e Roberto Júnior, titular da 1ª Delegacia, em Caatiba.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a menina estava em um cubículo sombrio e repleto de imagens e símbolos, onde ela constantemente era submetida a agressões verbais e físicas pelo suposto pai de santo. A adolescente também era agredida por “Pai Gaso” com uma palmatória e obrigada a dormir no chão sobre uma esteira.
Tratamento espiritual

Ao ser interrogado pelo delegado Marcus Vinícius, Lugelvan declarou que a agressão física à garota fazia parte de um “tratamento espiritual” para libertá-la de um demônio e curá-la de problemas cardíacos.

A bisavó e mãe adotiva da adolescente, de prenome Silerina 69 anos, foram ouvidas da delegacia. A bisavó revelou que a menina sofria de “passamentos”. Por conta disso, ela consultou “Pai Gaso”, que recomendou deixar a garota em seu terreiro, localizado no Distrito de São José do Colônia, para tratamento.

Lugelvan foi autuado em flagrante pelos crimes de cárcere privado, maus-tratos e prática de curandeirismo. Ele ficará custodiado na Delegacia de Caatiba, à disposição da justiça da Comarca de Barra do Choça.

FONTE: Jornal Correio da Bahia em 15/04/2011

Umbandistas são agredidos após ritual, em Caxias do Sul

Jovens haviam deixado oferendas à Iemanjá
Dois jovens que faziam um ritual em homenagem à Iemanjá foram atacados por quatro homens, na noite de quarta-feira, em Caxias do Sul. As agressões ocorreram na Rua Luiz Covolan, entre os bairros Vale Verde e Reolon. No dia 2 de fevereiro, Iemanjá é reverenciada pelas religiões afro-brasileiras.

Frequentadores de um centro de Umbanda localizado no Reolon, os jovens já tinham encerrado o ritual, quando foram agredidos. Eles deixaram milho, pipoca e batata em uma encruzilhada.
Primeiro, as vítimas foram insultadas. Os homens, que estavam em um bar, os chamaram de macumbeiros, vagabundos e os ameaçaram de morte. Segundo uma das vítimas, que pediu para não ser identificada, um dos agressores falou que se eles voltassem a fazer ritual no local seriam recebidos à bala.

Uma das vítimas, um adolescente de 15 anos, chegou a ser derrubado, mas conseguiu fugir. O outro jovem, de 27 anos, apanhou com um facão. Ele, que ficou com cortes e hematomas pelo corpo, levou seis pontos na mão esquerda.
Os agressores fugiram em um veículo vermelho.

FONTE: Jornal Pioneiro em 04/02/2011

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